A Reforma
A condição de Reformado é muito triste e deprimente. As pessoas passam a vida toda a dizer que estão fartas do trabalho,que ir para casa é que era óptimo,que faziam isto e aquilo,que trabalhar é um massacre,etc.etc.mas quando chega o momento da dita reforma,instala-se a depressão,o mal-estar,a tristeza e marca-se consulta para o Psiquiatra mais próximo.Porquê? Porque o trabalho é a melhor terapia que existe na vida do indivíduo. Trabalhar traz realização pessoal,satisfação,prazer,bem-estar-isto na minha perspectiva,claro está.Quem ler este texto vai achar que há contradição no que digo mas não há.Isto é mesmo o que penso,agora que me reformei por sérios motivos de saúde.A Fibromialgia atirou-me para casa com a etiqueta de Reformada colada nas costas.Não recorri ao Psiquiatra porque é especialidade que não frequento e penso nunca vir a frequentar.Então o que fiz para que a depressão não desse cabo de mim? Agarrei-me ao computador e desatei a escrever sem parar,publiquei 4 livros com grande peso económico,peguei nos pinceis e pintei tudo quanto a minha imaginação me ditou e dita e fiz uma Exposição de Pintura.Certamente que alguém perguntará por que razão escrevo tudo isto.Então respondo que o meu objectivo é dar um exemplo positivo para colmatar o mal-estar que me trouxe a malfadada reforma com minúscula.Sim, porque detesto a reforma.Prefiro mil vezes o trabalho com os meus queridos alunos que ficaram e ficarão para sempre no meu coração atormentado por não poder continuar integralmente activa como aconteceu desde os meus 19 anos.O problema é que o Tempo é implacável e prega-nos partidas com as quais nunca tínhamos sonhado,não é?É.Quando me exponho desta forma na Net,pretendo ajudar quem se sente mal com a passagem do activo à reforma e passo a mensagem de que os químicos não vão resolver mas,pelo contrário,destruir.
Quanto aos Psiquiatras,fica aqui um grande abraço para o DR.Pais Cardoso que sempre me ajudou sem prescrever quaisquer medicamentos,salvo os imprescindíveis para a Fibromialgia.Obrigada,DR.
Maria Georgina Valente
Carcavelos
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