O Casamento em Portugal
Grande parte dos casamentos e uniões de facto em Portugal são como o casamento de Inês Pereira, do Mestre Gil Vicente-uma farsa.Durante os primeiros dois ou três anos, é tudo maravilhoso, muito Amor, muita ternura.A partir daí começa a descambar.Duas personalidades em confronto não é fácil de gerir.Os intervenientes desse casamento entram na rotina e inicia-se um processo de degradação.As partes começam a sentir-se presas,impedidas de fazer o que muito bem lhes apetece e daí vem o desconforto recíproco.Vêm os rebentos que vêm dar nova dinâmica à relação mas também muito mais trabalho.O casal entra então no jogo do empurra-eu já fiz muito hoje, agora faz tu.É ou não é assim? É, seguramente.Entram aí os avós que pretendem ajudar para que não vá tudo por água abaixo.Têm um papel superimportante para que o casal não entre em desassossego total.Ficam com as crianças a seu cargo por horas, dias e, às vezes, meses.Muitos até para sempre.Por vezes, as crianças preferem ficar com os avós que são bastante mais permissivos que os próprios pais e,estes últimos, encantados da vida.
Esta situação dura uns tempos até que um dos elementos encontra outros interesses,Pode dar-se o caso de ambos chegarem à saturação. Aqui entra a tentativa de libertação por ambas as partes.
Chegou o tempo de procurar outro rumo para as suas vidas.Perante os amigos, tudo está óptimo, muitos sorrisos,algumas carícias de circunstância e muita mentira no meio de todo o processo.
Não conheço as estatísticas de separação ou divórcio,mas acredito que vão muito no sentido do que acabei de expor. Tudo isto porquê? Porque a Liberdade de movimentos é um bem inestimável.
As crianças começam a ter pai, mãe, padrasto e madrasta e sofrem muito com isso.
Que fazer?? Não sei. Só sei constactar.Como professora tive n casos destes e o problema entra em crescendo a cada ano que passa, infelizmente.Só me ocorre o ditado:”Quem pensa, não casa”.
Bons casamentos.E viva a Liberdade que é espectacular.
Gina Valente
Carcavelos
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